JULIANO OLIVEIRA COMPARA TRATAMENTO DADO AOS APOSENTADOS DA PREFEITURA DE CUSTÓDIA COM Á MÚSICA BOI DE CARRO DE DELMIRO BARROS. ELES MERECEM RESPEITO SENHOR PREFEITO!
Boi De Carro E Alforria Ao Boi De Carro
Delmiro Barros
Fui buscar um boi de carro que estava na prisão
Pra levar pro matadouro a mandado do patrão
Quando eu atirei o laço o boi crauna falou o que ele
me contou foi de cortar coração
Me disse assim portador triste destino é o meu
Eu não sei por qual motivo o meu dono me vendeu
Ajudei a tanta gente fui escravo do roçado depois de
velho e cansado ninguém me agradeceu
Ao lado do boi vapor o meu primeiro passeio
Carregava o carro cheio fazendo gosto ao carreiro
Quando passava o riacho me ajoelhava no barro ou
desatolava o carro ou quebrava o tamboeiro
Quem trabalhava comigo batia por desaforo
Cortava meu corpo inteiro com um chicote de couro
Em vez de me libertar para morrer no cercado meu
sangue vai jorrado nas tábuas do matadouro
Um boi de carro chorava no curral do matadouro
Seu olhar denunciava a tristeza do seu choro
Eu sai a passos lentos consegui cortar o laço, antes
que a faca de aço cortasse seu "cabelo"
Fui logo abrindo a porteira para o boi fazer partida
Esperei ele correr a procura da bebida
Ao invés dele correr me cheira e me lambia como quem
me agradecia por ter lhe salvado a vida
Estou fazendo um apelo para os donos de currais
Que não deixe seus carreiros maltratar seus animais
Solte o boi velho pro pasto tire a canga do pescoço
Peso só da certo em moço e boi velho não pode mais
Eu mesmo já fui carreiro nas estradas do sertão
Mas pendurei meu chicote e minha vara de ferrão
E pergunto a todo mundo porque a justiça é lenta
Todo velho se aposenta e por que boi de carro não
Pra levar pro matadouro a mandado do patrão
Quando eu atirei o laço o boi crauna falou o que ele
me contou foi de cortar coração
Me disse assim portador triste destino é o meu
Eu não sei por qual motivo o meu dono me vendeu
Ajudei a tanta gente fui escravo do roçado depois de
velho e cansado ninguém me agradeceu
Ao lado do boi vapor o meu primeiro passeio
Carregava o carro cheio fazendo gosto ao carreiro
Quando passava o riacho me ajoelhava no barro ou
desatolava o carro ou quebrava o tamboeiro
Quem trabalhava comigo batia por desaforo
Cortava meu corpo inteiro com um chicote de couro
Em vez de me libertar para morrer no cercado meu
sangue vai jorrado nas tábuas do matadouro
Um boi de carro chorava no curral do matadouro
Seu olhar denunciava a tristeza do seu choro
Eu sai a passos lentos consegui cortar o laço, antes
que a faca de aço cortasse seu "cabelo"
Fui logo abrindo a porteira para o boi fazer partida
Esperei ele correr a procura da bebida
Ao invés dele correr me cheira e me lambia como quem
me agradecia por ter lhe salvado a vida
Estou fazendo um apelo para os donos de currais
Que não deixe seus carreiros maltratar seus animais
Solte o boi velho pro pasto tire a canga do pescoço
Peso só da certo em moço e boi velho não pode mais
Eu mesmo já fui carreiro nas estradas do sertão
Mas pendurei meu chicote e minha vara de ferrão
E pergunto a todo mundo porque a justiça é lenta
Todo velho se aposenta e por que boi de carro não
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