A POLITICA EM NOSSAS VIDAS

quinta-feira, outubro 04, 2012


TUDO É POLÍTICA, MEU IRMÃO! 
Não há saída: estamos todos sujeitos ao Estado. E este é governado pelo partido vitorioso nas eleições. Portanto, ficar indiferente é passar cheque em branco, assinado e de valor ilimitado, a quem governa. Governo e Estado são indiferentes à nossa indiferença e aos nossos protestos individuais.
Sei que muitos não gostam de política, assim como muitos não gostam de forró, de carne de gado, da cor marrom, e de tantas outras coisas. Impossível é ignorar que todos os aspectos de nossa existência, do primeiro respiro ao último suspiro, têm a ver com política.
Veja só, todas as nossas fases estão “ministeriados” do nascimento à morte. Ao nascer, o registro segue para o Ministério da Justiça. Vacinados, ao Ministério da Saúde; ao ingressar na escola, ao Ministério da Educação; ao arranjar emprego, ao Ministério do Trabalho; ao tirar habilitação, ao Ministério das Cidades; ao aposentar-se, ao Ministério da Previdência Social; ao morrer, retorna-se ao Ministério da Justiça. E nossas condições de vida, como renda e alimentação, dependem dos ministérios da Fazenda e do Planejamento.
Em tudo há política. Para o bem ou para o mal. A política se faz presente até no calendário. Já reparou: dezembro, último mês do ano, deriva de dez? Novembro de nove, outubro de oito, setembro de sete?
Outrora o ano tinha dez meses. O imperador Júlio César decidiu acrescentar um mês em sua homenagem. Criou julho. Seu sucessor, Augusto, não quis ficar atrás. Criou agosto. Como os meses se sucedem na alternância 31/30, Augusto não admitiu que seu mês tivesse menos dias que o do antecessor. Obrigou os astrônomos da corte a equipararem agosto e julho em 31 dias. Eles não se fizeram de rogados: arrancaram um dia de fevereiro e resolveram a questão.
Faça como o Estado: deixe de lado a emoção e pense com a razão. As instituições públicas são movidas por políticos e pessoas indicadas por eles. Todos os funcionários são nossos empregados. A nós devem prestar contas. Temos o direito de cobrar, exigir, reivindicar, e eles o dever de responder às nossas expectativas.
A autoridade é a sociedade civil. Exerça-a. Não dê seu voto a corruptos nem se deixe enganar pela propaganda eleitoral. Vote no futuro melhor de seu município. Vote na justiça social, na qualidade de vida da população, na cidadania plena.

Por. Douglas Alcântara
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