A POLITICA EM NOSSAS VIDAS
TUDO É POLÍTICA, MEU IRMÃO!
Não
há saída: estamos todos sujeitos ao Estado. E este é governado pelo partido
vitorioso nas eleições. Portanto, ficar indiferente é passar cheque em branco,
assinado e de valor ilimitado, a quem governa. Governo e Estado são
indiferentes à nossa indiferença e aos nossos protestos individuais.
Sei
que muitos não gostam de política, assim como muitos não gostam de forró, de
carne de gado, da cor marrom, e de tantas outras coisas. Impossível é ignorar
que todos os aspectos de nossa existência, do primeiro respiro ao último
suspiro, têm a ver com política.
Veja
só, todas as nossas fases estão “ministeriados” do nascimento à morte. Ao
nascer, o registro segue para o Ministério da Justiça. Vacinados, ao Ministério
da Saúde; ao ingressar na escola, ao Ministério da Educação; ao arranjar
emprego, ao Ministério do Trabalho; ao tirar habilitação, ao Ministério das
Cidades; ao aposentar-se, ao Ministério da Previdência Social; ao morrer, retorna-se
ao Ministério da Justiça. E nossas condições de vida, como renda e alimentação,
dependem dos ministérios da Fazenda e do Planejamento.
Em
tudo há política. Para o bem ou para o mal. A política se faz presente até no
calendário. Já reparou: dezembro, último mês do ano, deriva de dez? Novembro de
nove, outubro de oito, setembro de sete?
Outrora
o ano tinha dez meses. O imperador Júlio César decidiu acrescentar um mês em
sua homenagem. Criou julho. Seu sucessor, Augusto, não quis ficar atrás. Criou
agosto. Como os meses se sucedem na alternância 31/30, Augusto não admitiu que
seu mês tivesse menos dias que o do antecessor. Obrigou os astrônomos da corte
a equipararem agosto e julho em 31 dias. Eles não se fizeram de rogados:
arrancaram um dia de fevereiro e resolveram a questão.
Faça
como o Estado: deixe de lado a emoção e pense com a razão. As instituições
públicas são movidas por políticos e pessoas indicadas por eles. Todos os
funcionários são nossos empregados. A nós devem prestar contas. Temos o direito
de cobrar, exigir, reivindicar, e eles o dever de responder às nossas
expectativas.
A
autoridade é a sociedade civil. Exerça-a. Não dê seu voto a corruptos nem se
deixe enganar pela propaganda eleitoral. Vote no futuro melhor de seu
município. Vote na justiça social, na qualidade de vida da população, na
cidadania plena.
Por. Douglas Alcântara
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