Gabinete no Sertão
De
volta ao trabalho hoje, depois de férias na Europa, o governador
Eduardo Campos (PSB) tem um problemão pela frente: encontrar uma saída
para minimizar os efeitos da longa estiagem que se abate no Estado.
Segundo
o secretário de Agricultura, Ranilson Ramos, não está descartada a
possibilidade do gabinete do governador ser transferido para o Sertão
por dois ou três dias.
A
ideia deve ser discutida hoje durante avaliação do quadro, que se
agravou muito mais nos últimos 15 dias em que Eduardo esteve fora do
País. Em parceria com o Governo Federal, o Estado criou alguns
programas, como o Bolsa Estiagem e a distribuição de milho para os
animais pela Conab.
Tem
aberto, também, poços em vários municípios e ampliada à área de
irrigação, mas a burocracia federal atrapalha. O milho, para socorrer o
rebanho bovino, esquelético e ameaçado de ser dizimado, não chega com a
celeridade prometida nem tampouco na quantidade necessária.
O
bolsa estiagem leva milhares de famílias a enfrentar filas que duram
até seis horas, para receber uma ajuda de R$ 70. A transferência da sede
do Governo para o semiárido não resolve, é verdade, mas representa um
gesto.
E
muitas vezes um gesto vale tanto quanto uma ação concreta, porque
mostra que o governador está preocupado e atento a um drama que ameaça
vidas humanas.
VISITA –
Seria muito importante, também, se o governador, durante a instalação
do seu governo no Sertão, conseguisse convencer a presidente Dilma a
fazer uma visita aos bolsões de pobreza espalhados pelo Estado em função
do prolongamento da estiagem. Dilma esteve há um mês numa reunião em
Salvador com os governadores e ali anunciou a criação de um programa de
ampliação das áreas irrigadas no Nordeste, mas seria bom ela ver como a
situação se agravou.
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