Pipeiros do Pajeú reclamam de atraso no pagamento

sexta-feira, novembro 23, 2012


















No Sertão do Pajeú, onde este blogueiro chegou há pouco para dar continuidade ao percurso de vidas secas, os pipeiros denunciaram que estão com dois meses em atraso no contrato de responsabilidade do Estado. Dois meses representam R$ 9 mil a menos em faturamento dos proprietários de carros pipas na região.


















Pela Operação Seca, mantida em conjunto pela União e pelo Estado, os pipeiros são contratados em duas frentes: o Exército, que se responsabiliza pelo pagamento dos contratos federais, e o IPA, órgão da Secretaria de Agricultura, pelos contratos estaduais. Segundo os pipeiros do Pajeú, o pagamento do Governo Federal está em dia, enquanto o do Estado não se efetua desde setembro, estando portanto sem a devida regularização de setembro e outubro.


















Pipeiro em Afogados da Ingazeira, Julian de Brito disse que ele e mais seis colegas que trabalham na jornada diária de distribuir água pela zona rural estão com dois meses de atraso. 'E não temos notícia de quando o Governo vai nos pagar. Só estamos rodando porque não há outra alternativa, disse Julian. Tanto ele como os demais pipeiros de Afogados da Ingazeira, a 386 km do Recife, retiram a água para abastecer a zona rural do município diretamente da barragem do Brotas, que tem servido de fonte também para socorrer a parte urbana de cidades como São José do Egito, Ingazeira, Carnaíba e até Santa Terezinha, esta já na divisa com a Paraíba. Se esse ritmo frenético continuar perdurando, os próprios pipeiros alertam que Brotas corre um sério risco de secar.
  Escrito por Magno Martins, às 09h30
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