Religião - Polêmica sobre frase na cédula de Real repercute
Publicado no Diário Oficial do Estado (D.O.E.) em 15/11/2012
A ação civil pública ajuizada pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC) de São Paulo - órgão vinculado ao Ministério Público Federal (MPF) -, que pede a retirada da expressão “Deus seja louvado” das cédulas de Real, repercutiu, ontem, no Parlamento de Pernambuco. Os deputados Adalto Santos (PSB) e Odacy Amorim (PT) criticaram a iniciativa, que solicita, em caráter liminar, o prazo de 120 dias à União para que as notas sejam impressas sem a frase.
O socialista considerou a medida “infundada” e discordou do argumento apresentado de que a expressão fere os princípios do Estado laico. “A ação é uma afronta à ética cristã e um desrespeito à fé da maioria da população”, frisou, registrando, porém, que apoia a inexistência de uma religião oficial no Brasil. Santos acrescentou que concorda com o presidente do Senado, senador José Sarney (PMDB), quando diz que a proposta “é uma falta do que fazer”. O uso da expressão começou em 1986, durante o Governo Sarney.
Para Odacy Amorim, a frase não impõe uma religião ao País. “Não está sendo exigido que se adore a Deus. É apenas um reconhecimento compartilhado pela maioria da população brasileira”, observou.
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