Grupo intersetorial tem como meta instalar cisternas em escolas do semiárido

sábado, janeiro 25, 2014
A meta principal do grupo intersetorial criado para acelerar a implantação de sistemas de abastecimento de água nas escolas do semiárido será a instalação de cisternas de 52 mil litros em 15 mil escolas da região. O grupo, coordenado pelo deputado Zezéu Ribeiro, do PT da Bahia, vai se reunir no próximo dia 11 de fevereiro.

A instalação de cisternas seria uma solução imediata enquanto não é possível adotar sistemas definitivos de abastecimento e de tratamento de água. Zezéu Ribeiro destaca a importância do tema:

"Essa é uma situação muito séria, que repercute no aprendizado e que repercute na saúde das pessoas."

Além de deputados da bancada do Nordeste, o grupo terá a participação de vários ministérios envolvidos e de entidades como a Articulação para o Semiárido e o Unicef. A ideia de pensar em uma ação conjunta partiu de um seminário sobre o assunto realizado na Câmara em dezembro.

No debate, a coordenadora de Educação do Unicef no Brasil, Maria de Salete Silva, criticou justamente a falta de uma articulação entre os interessados:

"Deve ter na Esplanada dos Ministérios uns 4 ou 5 programas chamados de "Água na Escola". É preciso fazer eles conversarem entre si. Alguém tem que assumir a responsabilidade desta liderança. Sob pena de a gente ter 2, 3, 4 programas que, por não conversarem, não conseguem ter a efetividade que precisam."

Gestão do uso da água

Rosicleide Ferreira, do Ministério do Desenvolvimento Social, disse que, apenas 10% das 15 mil cisternas foram construídas até agora. Ela enfatizou, porém, que é necessário introduzir o tema da gestão do uso da água nos currículos das escolas do semiárido:

"Como que as crianças podem atuar, entendendo o papel do armazenamento de água na região semiárida. Porque isso é uma situação da vida. Então, desde pequena, ela trabalha com uma restrição. Em vez de ela trabalhar com uma restrição como uma negação - negação por morar no semiárido, negação por morar numa área de seca - ela trabalha com o valor do que ela pode acumular"

Thiago Tobias, do Ministério da Educação, lembrou que muitas das escolas sem água não têm endereço conhecido e algumas não podem receber recursos de programas federais porque não têm um conselho escolar organizado.


Da Rádio Câmara, de Brasília, Sílvia Mugnatto
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