Alvaro Dias critica governo e cobra promessas feitas pela presidente Dilma

segunda-feira, fevereiro 10, 2014
Da Redação




O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) fez críticas ao governo federal e cobranças à presidente Dilma Rousseff para que ela cumpra as promessas de campanha e outros compromissos assumidos ao longo dos três anos de mandato. Em discurso no plenário na manhã desta sexta-feira (7), o oposicionista tomou como base o pronunciamento feito pela presidente em rede nacional no fim de 2013. Segundo ele, foi uma fala pautada pelo ufanismo e desconectada da realidade do povo brasileiro.

Alvaro enumerou uma série de problemas e contradições nas ações do governo, a começar pelas contas públicas, sujeitas ao que ele classificou de "mágica contábil" e "contabilidade criativa".

— O que estamos assistindo é o desapreço à verdade. É a afronta à nossa inteligência, com essa absurda tentativa de escamotear a realidade das contas públicas no Brasil, com números falaciosos na esperança de convencer o nosso povo de que o seu dinheiro está sendo aplicado com correção e responsabilidade — avaliou.

Conforme o parlamentar, o pacto de responsabilidade proposto pela presidente fiscal ficou no papel. A promessa foi esquecida e, no fim de 2013, não houve nenhuma palavra de prestação de contas sobre o cumprimento da meta

— Política fiscal, ajuste fiscal e responsabilidade fiscal têm a ver com a qualidade de vida do povo, já que sem responsabilidade fiscal não há recursos para atender as necessidades básicas da população e o Estado brasileiro perde a sua capacidade de investir exatamente nesses setores essenciais – opinou.

Educação

Alvaro Dias condenou as despesas com a construção de estádios para a Copa do Mundo de 2014. Ele lembra que foram gastos R$ 28 bilhões, dinheiro mais do que suficiente para se colocar nas escolas todos os brasileiros, de quatro a 17 anos, que estão fora dela. Ele criticou ainda as informações desencontradas do governo sobre o número de creches a serem construídas no país.

Infraestrutura

Problemas na área de infraestrutura também foram apontados pelo senador, que criticou a ajuda brasileira para a construção de um grande porto em Cuba.

– Se nós falarmos em portos, estamos em penúltimo lugar entre os 20 maiores países exportadores, mas nem por isso o governo brasileiro deixa de inaugurar um porto moderno em Cuba, repassando mais de US$ 600 milhões. Quanto o Brasil emprestou a Cuba eu não sei; os brasileiros não sabem porque são empréstimos secretos, sigilosos. O governo não aplicou um terço do que aplicou em Cuba para modernizar os portos brasileiros. Isso é incompreensível. Não há como aceitar passivamente, sem reagir, sem protestar – afirmou.

Reformas

Ao cobrar a realização de reformas estruturais, o senador disse que a reforma tributária não é feita por conta de uma visão imediatista e da falta de compromisso com o futuro:

— A concentração dos recursos oriundos dos tributos pagos pelo povo é brutal. É uma desigualdade numérica incrível. A União tem os benefícios de 56% do total da arrecadação geral do país e divide com estados e municípios o restante. Portanto, 56% com exclusividade e 44% divididos com os estados e os municípios.

O senador do PSDB cobrou ainda a realização da reforma política, criticou o aparelhamento e o loteamento da máquina pública feitos pelo PT nestes 12 anos de poder, lamentou a submissão do Legislativo ao Executivo e reclamou da corrupção.

— O que se vê na TV não é o que se vê no dia a dia do povo brasileiro nas mais longínquas localidades deste País. Este é um ano de eleição, e o governo tem sido infeliz. Vem fracassando em quase todas as áreas da administração federal. Teremos um debate nacional que, espero, possa escrever a verdade histórica em relação à melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro nas últimas décadas. Ascensão social, desenvolvimento econômico, são questões recorrentes, que, no cenário de uma disputa eleitoral voltam com força, mas esperamos que prevaleça a verdade — concluiu Alvaro Dias.

Agência Senado

(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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