Fernando Henrique defende renovação política em homenagem ao Plano Real
Simone Franco
Grande homenageado da sessão solene do Congresso Nacional em comemoração aos 20 anos de lançamento do Plano Real, realizada nesta terça-feira (25), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que o Brasil precisa, no momento, de novos rumos e do "entusiasmo" das novas gerações.
- Há momentos em que é preciso renovar. Estamos no momento do grande salto! - afirmou.
Ao clamar pela abertura de novos horizontes para o Brasil, Fernando Henrique considerou insustentável a convivência com um sistema político-eleitoral que reúne mais de 30 partidos e ministérios. Afirmou ainda que a paralisação das reformas – especialmente a política – cobra seu preço pela ineficiência da máquina pública.
- A economia contemporânea é a do conhecimento e da inovação. Perdemos o momento da fartura de capitais, mas não sou pessimista. Sou otimista com realismo – observou.
Plano Real
O mesmo movimento conciliatório pregado hoje por Fernando Henrique foi buscado, em 1994, para operar as mudanças econômicas que viabilizariam o Plano Real.
- O Plano Real foi uma construção política que nasceu da democracia. Para que pudéssemos avançar, percebemos que não poderíamos fazer nada pela imposição, mas pelo apelo, pelo convencimento – comentou Fernando Henrique, que capitaneou o lançamento do plano como ministro da Fazenda do governo Itamar Franco.
Com a confiança arranhada junto aos credores internacionais e sem o apoio do Fundo Monetário Internacional (FMI), circunstâncias geradas pela decretação de moratória, Fernando Henrique reconheceu ter abraçado um duro trabalho de reconstrução da credibilidade do país. E creditou parcela importante da recuperação deste prestígio à decisão do então governo brasileiro de que nada seria feito em detrimento do ordenamento jurídico.
- Se algum papel eu tive foi o de porta voz do clamor que tomava conta do Brasil, que não aguentava mais a imprevisibilidade gerada pela inflação. Naquele momento, a situação era de tal desesperar que a sociedade estava aberta a esse caminho – relembrou Fernando Henrique, destacando um misto de ousadia com humildade como principais ingredientes desta receita de sucesso.
Ao final do discurso, o ex-presidente recebeu das mãos do senador Aécio Neves (PSDB-MG), seu correligionário e autor do requerimento de homenagem ao Plano Real, a medalha Ulysses Guimarães. A comenda é concedida pelo Congresso aos parlamentares que se destacaram no processo constituinte.
Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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- Há momentos em que é preciso renovar. Estamos no momento do grande salto! - afirmou.
Ao clamar pela abertura de novos horizontes para o Brasil, Fernando Henrique considerou insustentável a convivência com um sistema político-eleitoral que reúne mais de 30 partidos e ministérios. Afirmou ainda que a paralisação das reformas – especialmente a política – cobra seu preço pela ineficiência da máquina pública.
- A economia contemporânea é a do conhecimento e da inovação. Perdemos o momento da fartura de capitais, mas não sou pessimista. Sou otimista com realismo – observou.
Plano Real
O mesmo movimento conciliatório pregado hoje por Fernando Henrique foi buscado, em 1994, para operar as mudanças econômicas que viabilizariam o Plano Real.
- O Plano Real foi uma construção política que nasceu da democracia. Para que pudéssemos avançar, percebemos que não poderíamos fazer nada pela imposição, mas pelo apelo, pelo convencimento – comentou Fernando Henrique, que capitaneou o lançamento do plano como ministro da Fazenda do governo Itamar Franco.
Com a confiança arranhada junto aos credores internacionais e sem o apoio do Fundo Monetário Internacional (FMI), circunstâncias geradas pela decretação de moratória, Fernando Henrique reconheceu ter abraçado um duro trabalho de reconstrução da credibilidade do país. E creditou parcela importante da recuperação deste prestígio à decisão do então governo brasileiro de que nada seria feito em detrimento do ordenamento jurídico.
- Se algum papel eu tive foi o de porta voz do clamor que tomava conta do Brasil, que não aguentava mais a imprevisibilidade gerada pela inflação. Naquele momento, a situação era de tal desesperar que a sociedade estava aberta a esse caminho – relembrou Fernando Henrique, destacando um misto de ousadia com humildade como principais ingredientes desta receita de sucesso.
Ao final do discurso, o ex-presidente recebeu das mãos do senador Aécio Neves (PSDB-MG), seu correligionário e autor do requerimento de homenagem ao Plano Real, a medalha Ulysses Guimarães. A comenda é concedida pelo Congresso aos parlamentares que se destacaram no processo constituinte.
Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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