Exército e Força Nacional continuam em PE após fim da greve da PM
Polícia Civil retoma operação em delegacias e vai investigar saques.
Mesmo com as atividades da Polícia Militar normalizadas em Pernambuco nesta sexta-feira (16), o Exército e a Força Nacional de Segurança Pública continuam colaborando com a segurança na região. O plantão da Central de Flagrantes da Polícia Civil registrou, durante a madrugada desta sexta-feira (16), após o final da greve da PM, 12 flagrantes e oito pessoas detidas na capital.
A Polícia Civil contabilizou 234 presos, com 102 pessoas sendo autuadas em flagrantes pela Coordenação de Operações e Recursos Especiais (Core). De acordo com o comando da PM, desde a noite da quinta (15), grupos de policiais voltaram a circular pelo Recife, Região Metropolitana e demais cidades afetadas pela paralisação. Áreas mais críticas, como Abreu e Lima, são prioridades da patrulha da PM.
A Polícia Civil contabilizou 234 presos, com 102 pessoas sendo autuadas em flagrantes pela Coordenação de Operações e Recursos Especiais (Core). De acordo com o comando da PM, desde a noite da quinta (15), grupos de policiais voltaram a circular pelo Recife, Região Metropolitana e demais cidades afetadas pela paralisação. Áreas mais críticas, como Abreu e Lima, são prioridades da patrulha da PM.
Normalmente, vão às ruas 250 viaturas da polícia no Recifeà noite. Na quinta, 230 já haviam voltado à patrulha. No interior do estado, os cerca de 20 mil PMs voltaram ao trabalho ainda na quinta. “Ontem algumas pessoas já foram abordadas nas ruas, as viaturas estão circulando nos bairros. Ainda está em vigor o comando das forças armadas até a retomada do efetivo policial normal. Vamos desenvolver um trabalho em plena sintonia com o reforço que foi tomado, junto com o Exército Brasileiro e a Força Nacional”, informou o comandante da Polícia Militar, o coronel Carlos Pereira.
A Polícia Civil, que por sua vez atuou em conjunto com a Companhia de Operações e Sobrevivência em Área de Caatinga (Ciosac) e a Coordenação de Operações e Recursos Especiais (Core), volta para sua posição na investigação dos crimes.
A Polícia Civil, que por sua vez atuou em conjunto com a Companhia de Operações e Sobrevivência em Área de Caatinga (Ciosac) e a Coordenação de Operações e Recursos Especiais (Core), volta para sua posição na investigação dos crimes.
“Hoje nós ficamos na nossa atividade normal, nós voltamos para as delegacias, inclusive para investigar os casos que ocorreram. As pessoas vão ser procuradas pela polícia, nossa diretoria de inteligência está analisando as imagens [veiculadas pela mídia] e essas pessoas estão sendo procuradas. Independente de quem seja, se foi crime, nós vamos investigar e pedir à justiça a prisão dessas pessoas”, disse o chefe da Polícia Civil Osvaldo Moraes. Sobre o balanço da Civil, as pessoas que foram autuadas respondem por assalto, furto e até por formação de quadrilha, dependendo do caso.
Fim do movimento
A comissão independente de policiais e bombeiros militares decidiu encerrar a greve da Polícia Militar, na noite da quinta, em assembleia no Centro do Recife. A reunião foi tumultuada e os líderes do movimento chegaram a ser vaiados por quem queria continuar com a paralisação. Três itens foram acordado com o governo: a reestruturação do Hospital da PM, implantação da gratificação por risco de vida no salário-base e a aprovação, até julho, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), de promoções para os praças.
A categoria, que iniciou o movimento na noite de terça (13), também cobrava aumento de 30% a 50%, dependendo da patente. No entanto, recuou da exigência. Após a paralisação ter sido decretada ilegal pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), o secretário da Casa Civil, Luciano Vasquez, afirmou que o canal de diálogo e negociação com os PMs havia sido encerrado.
Saques e depredações
Durante toda a quinta, saques, depredações e outros crimes foram registrados em cidades do Grande Recife e no interior do estado. O comércio fechou as portas em várias localidades e as aulas foram suspensas em universidades e escolas públicas e particulares. O clima de insegurança deixou ruas desertas e o trânsito livre nos principais corredores da capital pernambucana. Empresas suspenderam o expediente mais cedo e liberaram funcionários.
Em Paulista, Região Metropolitana, vândalos arrombaram e furtaram lojas no centro comercial da cidade nesta quinta. Policiais da Companhia de Operações e Sobrevivência em Área de Caatinga (Ciosac) encontraram eletrodomésticos escondidos em telhados e entre as bancas de uma feira e na área do comércio informal do município. Funcionários de uma empresa de segurança privada chegaram a efetuar disparos para o alto para retirar dinheiro de um caixa e levá-lo para um carro-forte.
No Centro do Recife, um boato de arrastão fez parte do comércio fechar as portas. No bairro da Encruzilhada, Zona Norte da cidade, houve um arrastão por volta das 10h. Um grupo formado por cerca de 30 pessoas passou em direção ao Arruda, pela Avenida Beberibe. A agência dos Correios que fica no bairro fechou e clientes ficaram revoltados.
A Prefeitura e a Câmara de Toritama, no Agreste do estado, foram depredadas e tiveram mobiliário queimado. Adolescentes suspeitos de participar dos atos de vandalismo foram apreendidos e levados à Delegacia de Santa Cruz do Capibaribe, na mesma região.
A Prefeitura e a Câmara de Toritama, no Agreste do estado, foram depredadas e tiveram mobiliário queimado. Adolescentes suspeitos de participar dos atos de vandalismo foram apreendidos e levados à Delegacia de Santa Cruz do Capibaribe, na mesma região.
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