Turista não vai levar estádio e aeroporto na mala, diz Dilma em MG

sábado, maio 31, 2014

A presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira (30), em Poços de Caldas (MG), que os turistas estrangeiros que estarão no Brasil para a Copa do Mundo não voltarão para suas casas com estádios e aeroportos nas malas.

A afirmação foi feita durante seu discurso na cerimônia de entrega de máquinas para prefeituras mineiras.

"Ninguém, quando voltar do Brasil, sairá daqui e levará na mala estádio, aeroporto, obras de mobilidade urbana, como BRTs [transporte rápido por ônibus] e metrôs. Sabe o que eles podem levar? A gratidão, pela forma como foram tratados. Isso eles levam na mala. O resto fica aqui, para nós", afirmou a presidente em seu discurso.

Dilma ainda fez um pedido para que os estrangeiros sejam bem recebidos no país.

"Muitos brasileiros sempre gostaram e se divertiram, torcendo pela nossa seleção. Vamos receber milhares de pessoas de todo o mundo, de outras países. Vamos recebê-los bem, como sempre fomos recebidos quando viajamos", afirmou a presidente.

A visita de Dilma à cidade mineira foi marcada por duas pequenas manifestações.

Em uma delas, um grupo de cerca de 20 pessoas portava faixas e gritava contra o evento. 

Segundo a empresária Luana Menin, 27, o protesto foi feito porque a cerimônia não trazia nenhum benefício à cidade.

"Vieram aqui entregar máquinas para outros municípios. Não veio nada para Poços. Por isso, chamei os amigos e viemos protestar", disse.

Em Poços, o governo federal entregou 77 motoniveladoras e 70 caminhões-caçamba para 115 municípios. Os recursos –R$ 52,2 milhões– devem beneficiar, segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário, cerca de 304 mil pessoas.

Uma outra manifestação, com cerca de dez pessoas, também foi feita por um sindicato da região.

MÉDICOS


Durante o discurso, a presidente voltou a exaltar o programa Mais Médicos.

"No começo foi difícil, houve muita resistência, mas insistimos porque precisávamos de profissionais. Vimos que não bastava só construir postos de saúde, porque não tínhamos médicos", afirmou, elogiando logo em seguida os milhares de cubanos que trabalham para o governo em todo o país.

"Oito meses depois do início do programa, temos que agradecer a generosidade e a solidariedade deles", disse.

Em Poços de Caldas, a presidente falou também que, para assegurar a melhor distribuição de renda conquistada por ela e o ex-presidente Lula, nos últimos 12 anos de governo, é necessário continuar garantindo educação de qualidade.

"E como se faz isso? Dando um passo além em direção à economia do conhecimento, aplicando ciência, tecnologia e inovação em toda nossa atividade econômica. E é isso que é feito pelo Pronatec. Hoje o jovem pode ser um eletricista predial, depois, um eletricista eletrônico, até se tornar um engenheiro elétrico", afirmou.
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