Marina diz que desconhecia irregularidades no avião que matou Eduardo Campos

A  candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, concedeu entrevista na noite desta quarta-feira (27) para o Jornal Nacional, da TV Globo, no Rio de Janeiro. Interrogada pelos jornalistas William Bonner e Patrícia Poeta sobre o uso em campanha por parte dela e de Eduardo Campos, de um avião pertencente a uma empresa “laranja”, Marina disse que não sabia de nada.

“Sabíamos que o avião era de um empréstimo e iríamos realizar o ressarcimento no prazo legal”, respondeu Marina. A ex-senadora disse ainda que não tinha informação sobre as práticas ilegais dos empresários responsáveis pelo avião e, invocando “respeito ao nome de Eduardo Campos”, disse que é preciso aguardar as investigações da Polícia Federal.

Marina também teve dificuldade para responder por que ela teve uma votação tão pequena em seu estado, o Acre, nas eleições de 2010. Patrícia Poeta questionou Marina sobre sua inexpressividade em seu berço político onde a ex-senadora foi a terceira colocada no pleito, perdendo para José Serra e Dilma Rousseff. Marina rebateu dizendo que “é muito difícil ser profeta em sua própria terra” e falou dos interesses que precisou enfrentar para fazer política naquele estado.

Citando o vice de Marina, Bonner voltou a bater na tecla da velha-nova política e lembrou que Beto Albuquerque é favorável aos estudos com células tronco e que já teria aceitado doações de campanha de empresas da indústria bélica, de bebidas alcoólicas – setores que Marina, em teoria, não admite. A presidenciável retrucou, garantindo que é preciso trabalhar com os diferentes.