Rejeição a Marina cresce mais que intenção de voto, indica pesquisa CNT/MDA

quinta-feira, agosto 28, 2014
Índice de rejeição de Marina é 19 pontos maior que o indicado pela pesquisa Ibope. Dilma e Aécio também aparecem com mais eleitores afirmando que não votariam neles de jeito nenhum
por Rodrigo Gomes, da RBA 
Em duas semanas, candidata teve crescimento de 7% nas intenções de voto, mas de 19% na rejeição

São Paulo – Pesquisa encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) à MDA Pesquisas, divulgada na manhã de hoje (27), indica que a rejeição da candidata à presidência pelo PSB, Marina Silva, beira um terço do eleitorado: 29,3% dos entrevistados afirmaram que não votariam nela de jeito nenhum. Na pesquisa Ibope divulgada ontem (26), a rejeição dela era de apenas 10%. Outros 40,4% disseram que não votariam em Aécio Neves, ante 18% da outra pesquisa. O número de eleitores que não votaria na presidenta e candidata a reeleição, Dilma Rousseff (PT) chegou a 45%, ante 36% do Ibope.
Na primeira pesquisa divulgada com o nome de Marina no lugar de Eduardo Campos – que morreu em acidente aéreo na cidade de Santos, no litoral paulista, no dia 13 –, feita pelo instituto Datafolha, a candidata tinha rejeição de 11%. Teve, portanto, crescimento de 18,3 pontos percentuais, superando até mesmo o patamar do mesmo instituto em abril deste ano, quando as candidaturas ainda não estavam oficializadas – 21% diziam não votar em Marina de jeito nenhum naquele momento.
Dos entrevistados, 17,2% garantem que Marina Silva é a única candidata em que votariam. E 46,2% admitem que poderiam votar nela. Os eleitores que veem em Dilma a única opção de voto são 23,5%. Já os que podem votar nela são 26,5%. Aécio tem a pior situação dentre os três primeiros colocados, com apenas 8,1% dos entrevistados afirmando que votariam somente nele. Outros 37% admitem que podem votar no tucano.
Dilma mantém a liderança nas intenções de voto do primeiro turno, com 34,2%, seguida por Marina, com 28,2%, e Aécio Neves (PSDB), com 16%. Os números são muito próximos dos indicados ontem pelo Ibope, com variação de 1% para baixo de Marina e queda de três pontos do candidato tucano.
Brancos e nulos da pesquisa CNT/MDA somam 8% e os indecisos – não sabe/não respondeu – tiveram 10%. Pastor Everaldo (PSC), aparece em quarto lugar, com 1,3% das intenções de voto. Os demais, Eduardo Jorge (PV), Luciana Genro (Psol), Levy Fidélix (PRTB), José Maria Eymal (PSDC), Rui Costa Pimenta (PCO), Zé Maria (PSTU) e Mauro Iasi (PCB), não atingiram 1%.
Nas simulações de segundo turno, houve pequena variação, mas confirmou-se o cenário indicado pela pesquisa divulgada ontem. Em um cenário com Aécio, Dilma venceria com 43% contra 33,3% do tucano, mas perderia de Marina Silva, por 43,7% a 37,8%, com diferença 3% menor que a indicada no Ibope.
Na simulação espontânea, Dilma mantém 8% de vantagem sobre Marina Silva, com 26,4% das intenções contra 18,6% da ex-ministra do Meio Ambiente. Aécio aparece em terceiro, com 11,3%. Nessa condição, a pesquisa tem uma explosão de indecisos, que somam 32,9%. Brancos e Nulos chegaram a 9,5%.
A avaliação positiva (ótimo/bom) do governo Dilma foi de 33,1%. Para 37,4% dos eleitores, a gestão é regular. Outros 28,8% consideram o governo ruim ou péssimo. O resultado oscilou pouco em relação ao último levantamento feito por CNT/MDA, com aumento de 0,4% no regular e queda de 0,1% nas outras avaliações.
A avaliação pessoal da presidenta Dilma ficou rigorosamente empatada entre os que aprovam ou desaprovam a forma dela governar: 47,4%, nos dois casos. Houve queda de 1% na aprovação e aumento de 1,6% nos que não sabem ou não responderam a pergunta, de 3,6% para 5,2%.
Os eleitores ainda responderam sobre como avaliam a atuação dos candidatos no horário eleitoral, tido como fiel da balança no que diz respeito à apresentação de propostas. Para 32,2% dos entrevistados, Dilma se sai melhor na propaganda eleitoral. Outros 19,4% avaliam que Marina desponta. Já Aécio foi o melhor para 18,1% dos eleitores.
A pesquisa ouviu 2.002 pessoas em 137 cidades das cinco regiões brasileiras, entre quinta-feira passada (21) e segunda (24). A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
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