247 – Em resposta à ação do PT por "difamação eleitoral", conforme alegou o partido, a candidata do PSB, Marina Silva, afirmou que a legenda deve explicações e "desculpas para o Brasil" pelos "malfeitos" que cometeu. Ela reiterou que o PT manteve um diretor na Petrobras por 12 anos para assaltar os cofres da empresa, como havia dito na última quinta-feira, o que motivou a ação dos petistas.
"É realmente surpreendente que o governo do PT tenha mantido na Petrobras, por 12 anos, um diretor que se dedicou a assaltar aquela que era a maior e melhor empresa nacional. Ao invés de tentar constranger aqueles que cobram o PT por esses malfeitos o PT deveria explicar-se e pedir desculpas para o Brasil", disse Marina em nota nesta segunda-feira 15 divulgada pelo portal G1.
Nesta tarde, durante encontro com artistas e intelectuais, ela voltou a fazer discurso de vítima, seguindo a linha do fim de semana. A candidata criticou "mentiras e boatos" propagados pelos adversários contra ela e declarou: "Mesmo que essas mentiras me reduzam a pó, minha história não vai mudar". "Nossa jornada não está sendo fácil. É um Davi contra um batalhão de Golias com artilharia pesada", prosseguiu.
A presidenciável disse desconfiar que a presidente Dilma "não fica confortável" com o que diz a seu respeito. "Mas deve ter um marqueteiro dizendo para falar isso", complementou. A campanha de Marina Silva promoveu nesta tarde um 'tuitaço' para mostrar a #MarinaDeVerdade.
Leia abaixo reportagem da Reuters sobre o encontro com artistas e intelectuais:
Marina se diz preocupada com manutenção de programa de Dilma
SÃO PAULO (Reuters) - A candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, disse nesta segunda-feira estar preocupada com a declaração da presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, de que seu programa de governo é o período em que ela esteve na Presidência.
Indagada sobre quando lançará o programa de governo para um eventual segundo mandato, Dilma e dirigentes petistas têm dito que o programa será aquele realizado nos últimos 12 anos em que os petistas estiveram à frente do governo federal.
"Eu fico preocupada porque os juros estão altos, a inflação está subindo e o crescimento do país é pífio. Eu fico muito preocupada que seja a mesma coisa", disse Marina durante encontro com integrantes do setor cultural na zona oeste de São Paulo.
Marina também disse que Dilma vai manter os critérios de indicação aos cargos no governo e nas empresas estatais e disse que a presidente precisa explicar essa manutenção.
A candidata do PSB reclamou que está havendo uma "inversão" porque, segundo ela, quem apresentou um programa de governo está sendo "crucificado", enquanto seus rivais --Dilma e o candidato do PSDB, Aécio Neves-- ainda não apresentaram seu programa.
Marina disparou contra as denúncias de irregularidades na Petrobras e disse que o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, não tem "legitimidade" para estar no cargo, exceto por "ser indicado pelo Sarney".
A candidata voltou a reclamar das "mentiras e boatos" das quais, segundo ela, vem sendo alvo, e não quis responder quando questionadas sobre declarações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação a ela.
"Mesmo que essas mentiras me reduzam a pó, minha história não vai mudar", disse Marina, lembrando figuras como a do ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, e o defensor dos direitos civis norte-americano Martin Luther King.
(Reportagem de Eduardo Simões)
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