PCdoB admite não disputar o comando da cidade de Olinda em 2016
x-prefeita Luciana Santos diz que é preciso ouvir aliados |
Administrado há quase 15 anos por um mesmo partido, o município de Olinda terá uma disputa acirrada no próximo pleito. Muitas foças políticas já se colocam à disposição para pleitear a prefeitura. A surpresa é que, pela primeira vez, o PCdoB admite a possibilidade de não disputar a cabeça de chapa. As principais lideranças evitam falar sobre a rejeição do atual prefeito Renildo Calheiros (PCdoB). No entanto, essa é uma das justificativas apontadas para a possível desistência dos comunistas.
Cotada para a sucessão de Renildo Calheiros, a ex-prefeita e deputada federal Luciana Santos (PCdoB) disse o o partido está disposto a qualquer negociação e destacou que ainda é cedo para falar sobre o assunto. “O partido tem a visão de que é preciso construir (o processo de sucessão) com muitas forças. Não será necessariamente um nome do PCdoB. As discussões vão ocorrer e estamos abertos a composição com a base”, disse.
Luciana Santos disse que o partido tem como prioridade a manutenção da aliança com as principais legendas da base, como PT e PSB. A comunista, no entanto, não descarta a possibilidade de disputar. “Estou sempre à disposição do partido”, comentou.
Também integrante da Frente Popular de Pernambuco, o PMDB deverá ter candidato na cidade. O dilema é que o partido tem dois filiados que não escondem a intenção de concorrer. Candidata em 2012, Izabel Urquiza disse que está disposta a entrar na corrida eleitoral. Além dela, o deputado estadual Ricardo Costa também fala abertamente sobre a intenção. Cada um adota uma justificativa para se colocar como a alternativa mais viável, o que já indica um clima de acirramento entre ambos.
A peemedebista alega que teve uma votação maior do que Ricardo Costa em Olinda na disputa para a Assembleia Legislativa este ano. “Tem que levar em consideração a viabilidade do candidato. Não fui eleita, mas tive a maior quantidade de votos”, comentou. Izabel ainda lembra que em 2012 o correligionário, apesar de ter ensaiado uma candidatura, acabou apoiando a reeleição de Renildo.
Ricardo Costa, por sua vez, destaca que Izabel não conseguiu obter a vitória na disputa de 2014. “Ela não se elegeu deputada e eu sou hoje deputado estadual e tenho mais experiência do que há quatro anos”, afirmou. O peemedebista disse que é preciso iniciar um processo de conversa dentro do partido. Ele ainda lembrou que sua desistência no último pleito municipal ocorreu por um pedido do ex-governador Eduardo Campos.
Por outro lado, o PT não descarta a possibilidade de romper a aliança com Renildo. O partido já começou a conversar sobre o assunto. Presidente estadual da legenda, a deputada Teresa Leitão, que é apontada como o principal nome para a disputa, disse que o prefeito não cumpriu os acordos que tinha com o grupo. Ela lembra que a legenda tinha três correntes em 2012 e o apoio a ele acabou prevalecendo. “Fizemos um gesto de confiança, mas a primeira rasteira dele foi na escolha do vice (Enildo Arantes/PT). Somente o grupo que defendeu o apoio tem espaço na gestão”, reclamou.
A petista disse que mesmo aqueles que foram favoráveis à aliança já dão indicativo de que querem lançar nome próprio em 2016.
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