Obama diz que EUA consideram Brasil uma potência global

quarta-feira, julho 01, 2015






Reportagem publicada no portal “Opera Mundi'' destaca fala do presidente
norte-americano Barack Obama durante entrevista coletiva pela visita da
brasileira Dilma Rousseff a Washington, DC.
Uma
repórter da Globo News fez uma pergunta sobre a forma como o Brasil é visto nos
EUA, e foi corrigida pelo presidente americano.
“O
Brasil se vê como um ator global e liderança no cenário mundial, mas os EUA nos
veem como uma potência regional. Como você concilia essas duas visões?”,
perguntou a jornalista
Obama
contestou a pergunta: “Responderei em parte a pergunta que você acabou de fazer
à presidente. Não enxergamos o Brasil como uma potência regional, mas como uma
potência global”, declarou.
Do
“Opera Mundi'': “O presidente norte-americano prosseguiu com a resposta,
dizendo que o Brasil é uma economia importante e que será decisivo durante as
negociações da Conferência do Clima, marcada para o fim do ano em Paris. Sem se
aprofundar, afirmou ainda que os EUA “não atingirão sucesso” em temas como
saúde global e contenção do terrorismo, por exemplo, sem a ajuda brasileira.
'Todos os países importantes precisam estar envolvidos nesse processo, e nós
consideramos o Brasil um parceiro indispensável nesses esforços', finalizou.''
No
discurso, é natural que os Estados Unidos aceitem a aspiração brasileira à
posição de potência global. E claro que o Brasil é um parceiro importante dos
EUA na região e no mundo. Para os principais pesquisadores da relação entre os
dois países, entretanto, está bem claro que o governo norte-americano costuma
creditar ao Brasil a posição de liderança na América Latina, atuando na região,
sem considerar muito os posicionamentos do país em questões fora do continente.
Esta
é a imagem internacional do Brasil na diplomacia americana: um país amigo, com
uma relação que oscila entre uma maior proximidade e um certo distanciamento,
mas que é sempre visto como um parceiro importante. É uma imagem muito boa,
diga-se – especialmente considerando que os Estados Unidos têm disputas sérias
com muitos países no mundo. A questão é que os diplomatas americanos conhecem
bem a importância regional e as aspirações do país de ser uma potência global,
então nada mais natural de que dar um apoio público, reconhecendo esta posição
durante um encontro entre as duas principais lideranças dos dois países.
Claro
que a posição pública de Obama, de endossar a posição de liderança global, é
importante para o Brasil. Ela mostra que os EUA estão de fato interessados em
ajudar o país a sair da crise e que querem aprofundar as parcerias que os dois
países têm – criar um momento de maior proximidade na histórica amizade entre
os países. Seria exagero, entretanto, pensar a declaração do presidente como
uma comprovação de um status internacional que o Brasil busca, mas que ainda
não foi totalmente reconhecido pelo resto do mundo, nem pelos americanos.




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