4G chegará às cidades de 30 mil habitantes até 2017

terça-feira, outubro 27, 2015
Brasília – No dia a dia, o brasileiro já incorporou na sua rotina o uso dos smartphones. Junto com esses aparelhos, a internet chegou para dar dinamismo e mais interação no ambiente social e profissional. A partir dos jogos online, além de músicas e filmes porstreaming, por exemplo, a conexão de alta velocidade se tornou cada vez mais desejada nos quatro cantos do país. Mas a experiência com a conexão de baixa velocidade está com os dias contados. Até 2017, a quarta geração de telefonia móvel, mais conhecida por 4G, deverá estar disponível em todos os municípios com até 30 mil habitantes.
Em junho de 2012, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) realizou o leilão da faixa de 2,5 GHz, o primeiro para bandas de frequência voltadas à prestação de serviços de quarta geração. Este foi um marco importante para que esta tecnologia começasse a ser difundida em diversas regiões do país. As empresas que venceram esse certame assumiram algumas obrigações, entre elas, que, até dezembro deste ano, todas as cidades com até 200 mil habitantes devem contar com a nova tecnologia. Essa progressão da cobertura se encerra nos próximos dois anos, com os municípios de até 30 mil habitantes.
No ano passado, a Anatel realizou leilão da outra faixa de frequência que será utilizada para prestação do serviço: a de 700 MHz. Ela apresenta características excelentes de propagação e de penetração do sinal. “Nesta faixa de frequência, você alcança uma distância três vezes maior do que no 2,5 GHz, o que é fundamental para a expansão da tecnologia no Brasil”, explica o diretor do departamento de banda larga do Ministério das Comunicações, Artur Coimbra. Parte dessa frequência só poderá ser utilizada pelas empresas vencedoras do leilão – Claro, Tim e Vivo – após o desligamento da TV analógica, que acontece progressivamente até 2018.
Com a limpeza da faixa, a expansão da cobertura e a progressiva queda no preço dos aparelhos, o 4G deve alcançar números ainda mais expressivos no Brasil. “Em quatro ou cinco anos, o número de acessos 4G deve superar o de 3G e nós teremos acesso a aplicativos mais sofisticados, robustos e, o melhor, com mobilidade”, destaca Coimbra.
3G X 4G
Parte da lentidão nas conexões dos brasileiros acontece porque, aqui, a grande maioria do acesso à banda larga móvel ainda se dá pela tecnologia WCDMA, também conhecida como 3G. Dados do Ministério das Comunicações apontam que, em julho deste ano, dos 182,82 milhões de acessos móveis registrados no país, 168,1 milhões usaram uma conexão 3G. Os outros 14,65 milhões já experimentam o 4G, que proporciona uma conexão mais moderna, com mais velocidade e melhor desempenho de navegação.
O diretor do MC explica que a tecnologia LTE, que permite acesso ao 4G, é a evolução do WCDMA, padrão mais popular no Brasil para o acesso na terceira geração que, por sua vez, substituiu o padrão GSM, que foi muito usado no país na época da popularização do celular. “Em cada uma dessas gerações são agrupadas tecnologias com características similares de taxas de transmissão (downlink/uplink), de mobilidade e de eficiência”, detalha.
A tecnologia LTE (Long Term Evolution) foi toda estruturada para priorizar o tráfego de dados. Por isso, o grande diferencial da quarta geração é, sem dúvida, a velocidade de conexão. No 4G, ela pode chegar a 100 Mbps, enquanto que um usuário de 3G alcança, no máximo, 21 Mbps. Testes realizados pela Universidade de São Pauloapontam que, na prática, isso significa que um usuário de 4G tem conexão suficiente para baixar um filme de 1h30 em 2 minutos. No 3G seria preciso esperar seis vezes este intervalo de tempo.
E esse é, de fato, um grande diferencial que explica os números expressivos sobre o número de conexões deste tipo no mundo. Em julho de 2015, de acordo com a Global Mobile Suppliers Association (GSA), existiam 422 redes operacionais em LTE distribuídas por 143 países e acessadas por mais de 750 milhões de usuários. A previsão do setor é de que em 2020 o número de conexões LTE chegue a 3,6 bilhões.
Fonte: Ministério das Comunicações
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