Humberto diz que calúnias contra Lula mostram pânico por sua volta em 2018
A associação entre alguns setores da sociedade e representantes da grande imprensa, firmada para desqualificar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como homem público, é sinal claro do pânico que esses setores, claramente a serviço do PSDB, sentem com a possibilidade de Lula entrar na disputa presidencial nas eleições de 2018. Somente o vergonhoso hábito da utilização de dois pesos e duas medidas de setores do Judiciário, assim como somente o desespero da chamada grande imprensa em denunciar um barco de R$ 4 mil como comprovação de que o ex-presidente frequenta um sítio em Atibaia, ou o uso de sua ida a um apartamento do Guarujá como prova de um crime que ele não cometeu, podem justificar o linchamento público a que os jornais têm submetido Lula, disse o líder Humberto Costa (PT-PE) em seu primeiro pronunciamento de 2016.
“O presidente Lula precisa ser respeitado não apenas por tudo o que fez, mas também por aquilo que não fez, e de que vem sendo diuturnamente acusado sem provas, com base em insinuações e inferências organizadas de forma sistemática para manchar a sua honra”, afirmou Humberto.
Humberto reiterou o posicionamento dele e da bancada de senadores petistas no Senado: “O presidente Lula conta com toda a nossa solidariedade nessa caminhada e – juntamente com o PT, com a nossa militância, com os movimentos sociais e com milhões de brasileiros – estaremos ombreados para impedir a tentativa vergonhosa de manchar a biografia de um homem como ele, cujo poder político muitos temem, especialmente na medida em que se aproximam as eleições de 2018”, garantiu.
“Não há nada que pese contra a honra de Lula e ele sequer é investigado”, lembrou Humberto, criticando a atenção dedicada a factoides e o silêncio absoluto sobre malfeitos cometidos pela oposição. Ele lembrou as 124 vezes em que o então governador de Minas Gerais, o tucano Aécio Neves usou o avião oficial do estado para “ir a outro estado que não o seu” e como essas viagens foram simplesmente “esquecidas” pelos jornais.
“São ataques sistemáticos, que têm como objetivo desqualificá-lo como homem público e desconstruir a imagem de um presidente que deixou o cargo nos braços dos brasileiros, com mais de 80% de aprovação popular”, disse.
Apuração sim, linchamento não
Humberto defendeu que todas as denúncias sobre irregularidades sejam apuradas. Mas criticou o massacre público e o ódio dirigido ao ex-presidente sem nenhuma motivação que não seja eleitoreira. “Certos setores deste País não digerem a força política que ele detém e a ampla base social que o apoia”, afirmou, lembrando ainda que nem Ministério Público, nem a Polícia Federal e nem o Poder Judiciário atestam que não há nada contra Lula em qualquer dos processos originários das operações Lava- Jato ou Zelotes. “Ele não responde a nada, em que pese nunca ter se colocado acima da lei e ter permanentemente cooperado com a elucidação de todos os fatos apurados”, disse o líder, que criticou a guerra declarada contra o ex-presidente.
Denúncias vazias
“Alguns veículos da mídia e algumas autoridades metidas a justiceiras parecem não se importar de se expor ao ridículo de patrocinar denúncias vazias”, avaliou Humberto. “Várias dessas denúncias vêm e voltam, num círculo vicioso que deságua num jogo em que ilações se sucedem”.
É assim com o apartamento no Guarujá e com o sítio em Atibaia. “Não adiantam as explicações, os documentos probatórios, não servem a nada os esclarecimentos oferecidos porque há uma caçada em curso, há uma determinação explícita de esmagar o poder político de um ex-presidente da República, por mais bizarro que isso possa parecer”, denunciou o líder.
A imprensa, segundo Humberto, está servindo a esse expediente dos golpistas com galhardia. “Não consta que tenha havido qualquer interesse em investigar que tipo de relação ou que tipo de favores envolve o empréstimo de apartamentos em áreas nobres de Paris para que medalhões da oposição lá se hospedem regularmente. Mas para um sítio em Atibaia e uma canoa de alumínio são páginas e páginas e longas matérias em horário nobre da TV”, elencou.
“Todo espaço tem sido dado em jornais, revistas, rádios e TVs para mostrar que um ex-presidente – ou seja, alguém que não está mais no exercício da vida pública – hospedou-se 111 vezes no sítio de um amigo nos últimos quatro anos. Mas a mesma regra não foi usada para mostrar por que o então governador de Minas, o hoje senador Aécio Neves, candidato derrotado à Presidência da República em 2014, usou 124 vezes o avião oficial do Estado para ir ao Rio de Janeiro, onde passou um ano inteiro dos sete anos e três meses em que foi governador de Minas”, comparou o líder.
Giselle Chassot
Nenhum comentário:
Postar um comentário