Nova epidemia de zika preocupa médicos de Pernambuco
O Estado registra uma epidemia de arboviroses (doenças transmitidas por mosquitos) e os números superam o do mesmo período no ano passado
Os médicos de Pernambuco estão preocupados com uma nova epidemia de altas proporções de zika, chikungunya e dengue. De acordo com reportagem da BBC Brasil, o Estados registra o maior número de casos suspeitos e confirmados de microcefalia.
A publicação revela que, desde o início de janeiro, o número de casos caiu. No entanto, essa queda preocupa porque pode significar que os registros não estão sendo feito de maneira eficaz. O Ministério da Saúde está investigando 3.670 casos suspeitos de microcefalia.
O órgão explicou que essa mudança nos números aconteceu por conta de fatores como a redução do pânico em relação à doença e, também aos ajustes que foram realizados nos serviços de saúde, como o novo protocolo para notificações.
Médicos analisam que o alto número de bebês registrados no fim do ano passado aconteceu porque eles foram concebidos nos primeiros meses do ano, período em que o mosquito está mais ativo. "O número de casos novos de microcefalia caiu, se compararmos com dezembro. Atendíamos cerca de 15 novos casos por semana e agora são quatro", ressaltou a infectologista Regina Coeli, do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, completando que "O que vimos até agora é um reflexo de nove meses atrás, quando havia um surto de dengue, zika e chikungunya. Precisamos tomar pé da situação para que o mesmo não ocorra daqui a nove meses".
Mesmo que essas notícias sejam boas, existe com o que se preocupar. Isso porque Pernambuco registra uma epidemia de arboviroses (doenças transmitidas por mosquitos) e os números superam o do mesmo período no ano passado.
No caso da dengue, a publicação ressalta que o crescimento em relação ao começo de 2015 chega a 190%. "Entre novembro e janeiro tínhamos uma queda nos atendimentos, mas esse ano já estamos superlotados. O pico das viroses, que era nos meses de março, abril e maio, veio antes", disse a diretora do Hospital João Murilo de Oliveira, Roberta Camara.
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