Receoso, Renan espera que impeachment não chegue ao Senado

"Eu não fui para não participar desse momento e não influenciá-lo de alguma forma. Não compareci para não partidarizar o papel que exerço como presidente do Senado Federal", alegou

O presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) sinalizou que não deve apoiar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, apesar do desembarque do PMDB no governo.

"Eu acho que, se esse processo chegar ao Senado, e espero que não chegue, nós vamos juntamente com o Supremo definir o calendário", afirmou Renan.

Segundo ele, a Constituição determina que o processo tramite em até seis meses na Casa, antes de chegar ao Senado.

Questionado sobre a sua ausência na reunião relâmpago do PMDB, em que o partido decidiu deixar todos os cargos no governo, Renan disse que preferiu preservar sua posição de presidente do Senado.

"Eu não fui para não participar desse momento e não influenciá-lo de alguma forma. Não compareci para não partidarizar o papel que exerço como presidente do Senado Federal", alegou.

Segundo informações do UOL, Calheiros voltou a afirmar que o PMDB não tem dono e que é um partido grande, com diferentes correntes, dando a entender que é o elo mais forte da cúpula do PMDB no governo de Dilma Rousseff.

"O PMDB é um partido grande, é o maior partido congressual, com muitas correntes, e é um partido que não tem dono, é um partido democrático", afirmou.