"Impeachment é ato de vigança de Eduardo Cunha", diz AGU

segunda-feira, abril 18, 2016

Cardozo destaca que a petista não consta em nenhuma lista de propina ou corrupção ou tem contas no exterior e, por isso, querer afastá-la é caracterizado como golpe


O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo falou publicamente após a aprovação do processo do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ele afima que Dilma somente falará na terça-feira (19) e ressalta a indignação e tristeza com o resultado.
O ministro declara que não houve discussão dos fatos que são objeto da acusação. Para o governo é clara que a decisão que a Câmara tomou na noite de domingo (17), foi uma decisão "puramente política".   
"Os dois fatos sobre os quais versam a denúncia (6 decretos de suplementação de 2015 e atraso no pagamento ao Banco do Brasil) nunca foram discutidas em profundidade, não havia ilegalidade nos decretos. Não houve dolo, nem má fé". 
Ele ainda assegura que a ruptura com a constituição configura um golpe na democracia e nos 54 milhões de brasileiros que elegeram legitimamente a presidente Dilma. 
Cardozo destaca que a petista não consta em nenhuma lista de propina ou corrupção ou tem contas no exterior e, por isso, querer afastá-la é caracterizado como golpe.
Afirma ainda que o processo de impeachment é um ato de vingança por parte do presidente da Câmara, Eduardo Cunha. "Ele é acusado de graves delitos. É réu denunciado. Usa seu poder para ser impedido de ser cassado".  
Cardozo afirma que Dilma seguirá lutando, pois não abre mão da democracia.
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