Rodrigo Maia evita Presidência; Eunício assumirá na ausência de Temer

terça-feira, julho 04, 2017

Primeiro nome da linha sucessória do país, Rodrigo Maia (DEM-RJ) deve ir à Argentina em missão oficial no fim desta semana e evitará substituir Michel Temer no Palácio do Planalto durante a viagem do presidente à Alemanha para o encontro do G20.

Com a ausência de Maia, o Palácio do Planalto deve ser ocupado pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), também aliado de Temer.

Esta seria a primeira vez que Maia assumiria o comando do Palácio do Planalto desde que a PGR (Procuradoria-Geral da República) apresentou uma denúncia contra Temer por corrupção passiva, a partir de delações de executivos da JBS.

Cautela
Citado entre parlamentares e líderes como possível sucessor de Temer em caso de queda, Maia tem adotado uma postura de cautela diante da crise política. Ele engavetou, por exemplo, 24 pedidos de impeachment contra Temer e tem evitado se expor em articulações sobre a votação da denúncia de corrupção contra o presidente.

Datas
Segundo a reportagem apurou, Maia deve embarcar para Buenos Aires na quinta-feira (6) e retornar ao Brasil no sábado (8), mesmas datas da viagem de Temer a Hamburgo para o encontro dos chefes de governo das 20 maiores economias do mundo.

Desconfiança
Apesar dos gestos de Maia, aliados de Temer ainda o observam com desconfiança, uma vez que ele seria o principal beneficiário de uma possível autorização da Câmara ao prosseguimento da denúncia da PGR. Nesse caso, o presidente seria afastado do cargo por até 180 dias para ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal, e Maia assumiria interinamente o comando do Palácio do Planalto. Ele também é apontado como favorito em uma eleição indireta que seria convocada em caso de condenação de Temer.

G20
Inicialmente, o presidente havia decidido não participar da reunião do G20. Nesta segunda-feira (3), no entanto, ele recuou. Segundo a reportagem apurou, a mudança deveu-se ao esforço do presidente de demonstrar que seu governo não está paralisado em decorrência da denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Caso não participasse da reunião, o peemedebista seria o primeiro presidente brasileiro a não viajar ao G20 desde 2010.

Com informações da Folha

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