O feitiço vira contra o feiticeiro. O maior inimigo de Bolsonaro é ele mesmo

quinta-feira, julho 15, 2021
(Foto: Reprodução)
Em entrevista à revista Piauí, Marcos Carvalho, o marqueteiro de Bolsonaro em 2018, desancou o ex-cliente: ‘Não se elege mais nem a síndico’. E faz ressalva: ‘A única perna que ele tinha era o discurso da honestidade. Perdeu’.
Carimba a tese a pesquisa do Datafolha divulgada no fim de semana: 70% dos brasileiros acreditam que há corrupção no governo. E o que diz Bolsonaro? Que o Datafolha ‘recebe dinheiro para fazer isso’. Como sempre, a todos acusa mesmo que nada prove.
E Marcos Carvalho vai além: ‘Os que tentam hoje ser a terceira via vão ser a segunda. Ele vai sofrer a derrota mais humilhante que um chefe de Estado na América Latina já sofreu’.
Será Bolsonaro vítima da pandemia? Pela forma como ele encarou o problema, claro. Começou ‘receitando’ a Cloroquina contra todos os argumentos científicos. E acabou enroscado com a Covaxin.
No tempero, ressalte-se, Bolsonaro dispara contra tudo e contra todos das formas mais chulas.  Só de ataques a jornalistas a Fenaj contabilizou, ano passado, 142 diretos dele. Sem falar que ele chamou Luis Barroso, ministro do STF e presidente do TSE, de ‘imbecil’ e ‘idiota’, e senadores da CPI de bandidos. Ele também acha que a sociedade é idiota?
Note-se que, como Marcos, que no seu imenso leque de inimigos muitos eram aliados, hoje todos raivosos. Bolsonaro nem tchum. Não vê que o maior inimigo dele é ele mesmo.
Ou melhor, é o feitiço contra o feiticeiro.
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