Pernambuco envia 50 policiais militares para reforçar segurança de Brasília após atos terroristas de bolsonaristas golpistas
Anúncio foi feito por Raquel Lyra (PSDB), nas redes sociais, na noite do domingo (8). ‘Não vamos tolerar desrespeito às leis’, disse a governadora do estado.
O governo de Pernambuco decidiu enviar 50 policiais militares para ampliar a segurança de Brasília após atos terroristas de bolsonaristas golpistas na capital federal, com invasão e depredação do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF) e Palácio do Planalto, no domingo (8). O anúncio foi feito pela governadora Raquel Lyra (PSDB), em postagem nas redes sociais.
No texto, postado no Twitter por volta das 23h30 do domingo (8), a governadora de Pernambuco também disse que viaja para Brasília nesta segunda-feira (9).
“Pernambuco está enviando 50 policiais militares para se juntarem a outros 14 que já integram a Força Nacional em Brasília. Amanhã [segunda], viajo pra lá para me reunir com governadores, governo federal, poderes Legislativo e Judiciário. Não vamos tolerar o desrespeito às leis”, disse Raquel.
Também em sua conta no Twitter, a governadora se pronunciou sobre os ataques terroristas em Brasília. Ela disse que, embora as manifestações integrem a democracia, o vandalismo ocorrido na capital federal é inaceitável.
Raquel Lyra afirmou, ainda, que as eleições e a democracia são valores inegociáveis e que é preciso que a lei e as regras que regem a República sejam respeitadas para que seja possível ter um país mais forte.
Terrorismo
Os terroristas quebraram vidraças e móveis, vandalizaram obras de arte e objetos históricos, invadiram gabinetes de autoridades, rasgaram documentos e roubaram armas. O prejuízo ao patrimônio público, de todos os brasileiros, ainda não foi calculado. Até o fim da noite do domingo (8), pelo menos 300 pessoas haviam sido presas.
As sedes dos três poderes foram destruídas em um ataque sem precedentes na história do Brasil. O presidente Lula (PT) decretou intervenção na segurança do Distrito Federal, e o ministro Alexandre de Moraes afastou o governador Ibaneis Rocha (MDB) por 90 dias.
Embora a ação terrorista tenha sido convocada publicamente ao longo da semana em redes bolsonaristas, inclusive com promessas de transporte grátis e alimentação, as autoridades do Distrito Federal não agiram preventivamente.
A Polícia Militar do Distrito Federal foi criticada por se omitir. Vídeos mostram policiais conversando com bolsonaristas e filmando a invasão do Congresso.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que a prioridade é identificar quem financiou os atos. O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu ao Ministério Público Federal a abertura de uma investigação.
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, afirmou que os terroristas serão julgados e punidos de maneira exemplar. A Polícia Federal instalou um gabinete de crise para identificar os terroristas.
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