Eduardo Campos recebia propina na Suíça, afirma Ministério Público
Uma denúncia criminal apresentada na Justiça Federal em Pernambuco aponta que o ex-governador Eduardo Campos (PSB) era beneficiário de pagamentos feitos em uma conta em nome de um tio na Suíça. O político morreu após um desastre aéreo em 2014.
Segundo a acusação apresentada pelo Ministério Público Federal, em troca de favorecimento no governo do pessebista entre os anos de 2007 e 2014, a empreiteira Odebrecht fez repasses que somaram R$ 771,5 mil, o equivalente a R$ 4 milhões atualmente. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
A acusação, que é um desdobramento da Operação Lava Jato e foi oferecida após cooperação internacional com autoridades do país europeu, que enviaram ao Brasil dados da conta, está sob segredo de Justiça. A denúncia foi aceita no último mês de setembro pela juíza federal Amanda Diniz Araújo.
Entre os acusados do crime de lavagem de dinheiro estão a viúva de um tio do ex-governador, Sandra Leote Arraes, e Aldo Guedes, ex-dirigente da Copergás, principal estatal de Pernambuco. Ele também era ex-sócio de Campos. Outros dois acusados são colaboradores da Justiça.
A denúncia feita pelo Ministério Público aponta ainda o suposto pagamento de propina pela empreiteira Galvão Engenharia, no entanto, os pagamentos teriam sido realizados no Brasil.
O PSB e a família do ex-governador não se pronunciaram sobre o caso.
Eduardo Campos
O ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, morreu em 2014, durante a campanha eleitoral, quando disputava a Presidência da República, em um acidente aéreo, no litoral paulista.
Quase 10 anos depois, sua força política permanece. O filho dele, João Campos é, atualmente, prefeito de Recife. Também filho, Pedro Campos foi eleito em 2022 para a Câmara Federal, ambos pelo PSB.
Metrópoles
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