Eduardo Campos é um adversário mais perigoso para o PT que Aécio Neves, diz Humberto Costa

sábado, fevereiro 08, 2014
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O senador Humberto Costa (PT) afirmou na manhã desta sexta-feira (7) que a candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) à Presidência da República é mais perigosa para o PT do que a do senador mineiro Aécio Neves (PSDB). “Hoje, na minha avaliação, ele é um candidato mais perigoso que o candidato do PSDB”, disse, em uma coletiva de imprensa realizada em um hotel do Recife. Segundo o petista, Campos teria mais gana para disputar a eleição que o senador tucano.

Há três dias, Humberto foi escolhido para ser o novo líder do PT no Senado, com a missão de municiar os colegas de partido em relação às eleições deste ano; principalmente em como responder os ataques dos adversários. “Obviamente que não vamos ser atacados sem responder”, afirmou, prometendo rebater as críticas em alto nível, “sem qualquer tipo de agressão pessoal”.

Durante a coletiva, o senador rebateu as duras críticas lançadas pelo governador pernambucano e pela principal aliada, a ex-senadora Marina Silva, em relação ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT), durante o lançamento do documento com as diretrizes para a elaboração do programa de governo da candidatura presidencial de Campos.

“Acho que foi o palco de uma das maiores injustiças que eu já tive a oportunidade de presenciar na minha vida. Injustiça e, vamos dizer, vazio político”, rebateu Humberto, para quem as críticas do PSB são apenas uma tentativa do partido de criar um argumento político para justificar o rompimento com o PT e a candidatura presidencial da legenda.

“Mais do que críticas que tenham justificação, são pretextos; justificativas para o rompimento”, diz. “Na verdade, há um interesse de disputar uma eleição. E é preciso ter um discurso para disputar a eleição”, argumentou.

Nova Política e aliança anti-PT

Durante a coletiva, Humberto Costa também criticou o discurso de “nova política”, que vem sendo adotado por Eduardo Campos para pavimentar a própria candidatura presidencial. “Não tem nada de diferente [do que já é feito pelo PT]“, criticou, ainda em referência às diretrizes programáticas lançadas nesta semana.

O senador petista também atacou o conjunto de forças políticas costurado por Campos em Pernambuco, que reproduziria o mesmo tipo de prática criticada pelo PSB no Governo Federal. “Isso é o tipo de política mais antiga que existe no País”, disse.

Parte das críticas se devem a atração pelo governador de partidos como o PSDB, o DEM, e o PMDB do senador Jarbas Vasconcelos, histórico adversário petista, para a base aliada em Pernambuco. “É uma aliança anti-PT, anti-Lula e anti-Dilma”, cravou.

Por Paulo Veras, no Blog do Jamildo
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