CIDADES BRASILEIRAS REGISTRAM ATOS EM DEFESA DA EDUCAÇÃO

sábado, junho 01, 2019
Cidades brasileiras registraram nesta quinta-feira (30) protestos em defesa da educação. Até por volta de 12h30, ao menos 54 cidades de 18 estados e do Distrito Federal haviam tido manifestações, todas pacíficas.
Este é o segundo dia de protestos unificados pelo país contra os cortes anunciados pelo governo federal para o setor. Em algumas cidades, como Caruaru (PE), São Carlos (SP) e Teresina (PI), houve paralisação com adesão de professores em instituições federais de ensino, que ficaram sem parte das aulas.
Os primeiros atos pela educação no governo de Jair Bolsonaro ocorreram em 15 de maio, quando ao menos 222 cidades dos 26 estados e do Distrito Federal tiveram protestos. Nesta quinta-feira, parte dos manifestantes também protestava contra a reforma da Previdência.
No último domingo (26), em uma onda de protestos que ganhou força após os primeiros atos pela educação, manifestantes foram às ruas em defesa de Jair Bolsonaro. Os atos pró-governo federal e por medidas como a reforma da Previdência e a ministerial se espalharam por ao menos 156 cidades de todas as unidades da federação.
Entenda os cortes na educação
Em decreto de março que bloqueou R$ 29 bilhões do Orçamento 2019, o governo federal contingenciou R$ 5,1 bilhões da educação
Dos R$ 5,8 bilhões cortados, R$ 1,704 bilhão recai sobre o ensino superior federal
Em maio, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) informou sobre a suspensão da concessão de bolsas de mestrado e doutorado
Os cortes e a suspensão motivaram os protestos de 15 de maio
Após os atos, o governo disse que liberaria mais recursos para a educação, mas manteve o corte anunciado em março
Nesta quinta, o Conselho Nacional dos Direitos Humanos recomendou que o governo reveja os bloqueios
Os atos pelos país
São Paulo
No interior de São Paulo, o protesto em Ribeirão Preto ocorreu em frente ao campus da USP e durou duas horas. Manifestantes distribuíram panfletos e exibiram cartazes e faixas com frases como “Sem investimento não haverá conhecimento” e “A educação resiste”. Houve bloqueio de uma via na entrada da instituição, o que deixou o trânsito lento perto da universidade.
Em Santos, petroleiros fizeram ato em apoio aos estudantes e em defesa das refinarias, contra a privatização e a Reforma da Previdência
Em Araraquara, um grupo de estudantes protestou na portaria do campus da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Eles permitiram a entrada de funcionários terceirizados e alunos que desenvolvem algum tipo de pesquisa científica.
Em São Carlos, estudantes, professores e servidores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), da Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto Federal de São Paulo (IFSP) saíram em passeata direção ao Centro da cidade. Houve paralisação na UFScar, segundo a associação de professores, mas a assessoria de imprensa da universidade informou que a adesão é uma decisão pessoal e que a instituição funciona normalmente.
Em Tupã, estudantes e moradores participaram de uma mobilização na frente do campus do Instituto Federal de São Paulo (IFSP). Pais e professores também se juntaram ao ato, numa aula aberta que começou por volta de 7h30.
Distrito Federal
Em Brasília, os manifestantes começaram a se reunir por volta das 10h na praça do Museu Nacional da República. Além da pauta da educação, eles protestam contra a reforma da Previdência e contra medidas do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). O Eixo Monumental chegou a ficar bloqueado por volta de 12h15 no sentido Praça dos Três Poderes.
Mais informações sobre as manifestações em todo o país aqui
Por G1
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