Marco do Saneamento abre caminho para investimentos em municípios de baixa
Os investimentos em saneamento básico garantem melhores condições de saúde à população e podem ser aplicados mesmo em municípios com dificuldades econômicas, a partir de parcerias com a iniciativa privada. É isso que afirmam especialistas no tema, que observam o novo marco legal do saneamento como uma virada de chave de pensamento, ações e impactos diretos para os brasileiros.
“A partir do novo marco de saneamento, de 2020, o tema ganhou repercussão, especialmente diante da importância do Brasil se posicionar em âmbito mundial, inclusive em termos de qualidade ambiental. Não dá para admitir que o país ainda conviva com esses números. Soma-se a eles inclusive que o Brasil tem aproximadamente 2.600 a 2.800 municípios que ainda encaminham seus resíduos e rejeitos para lixões”, comenta Fabrício Soler, advogado, professor e consultor jurídico internacional em resíduos sólidos.
O marco passou pelo Congresso Nacional e contou com apoio de parlamentares como o senador Lasier Martins (PODE/RS). Para ele, essa é uma matéria de extrema relevância que diz respeito a um direito básico que influencia diretamente na saúde pública. “Onde tem esgoto e água tratada há menos demanda pelo SUS e evitam-se incontáveis doenças. É a mazela do Brasil, porque metade da população brasileira, isto é, 100 milhões de brasileiros, não têm água tratada e esgoto. Principalmente não têm esgoto”, pontua.
O senador acredita que o novo texto aprovado traz uma perspectiva diferente. “Agora, neste contexto, poderemos ter licitações, isto é, podemos ver empresas se candidatando para prestar esse serviço. Inclusive, as estatais terão o direito de abrir capital. Então, pelo menos uma providência foi tomada. Ainda tardiamente, mas antes tarde do que nunca. De modo que esperemos que agora, com a entrada da iniciativa privada, se enfrente esta terrível mazela do Brasil que causa de tantas doenças e tantos atrasos”, avalia.
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